neste espaço reúnem-se textos que me podem servir de apoio, de várias áreas: pintura, escultura, ourivesaria, iconografia, iconologia, heráldica, emblemática, arquitectura, peritagem e avaliação de obras de arte, conservação e restauro...
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Marcas de autenticidade na ourivesaria em Portugal



A partir do século XV passou a controlar-se o teor da prata, ficando a cargo dos municípios a afinação dos objectos produzidos.
Numa primeira fase aplica-se apenas a inicial do concelho: L para Lisboa e P para Porto.
A partir de 1689 e até 1887, as peças, depois de confirmado o teor da prata conforme a lei, recebiam a marca do Ensaiador Municipal: a letra inicial do Município, geralmente coroada, e que se encontrava registada na Câmara.
Alguns ourives marcavam as suas peças, geralmente com as suas iniciais. Reuniam-se na Confraria de Santo Elói.
Para determinar o teor da prata com que a peça fora executada, fazia-se o “teste da burilada”, feito com um buril em forma de ^^^^^^, sendo frequente chamarem-lhe serpente ou bicha.
Em 1887, o controlo municipal foi substituído pela Casa da Moeda, com as Contrastarias de Lisboa, Porto e Braga. Esta última terminou em 1911 e entre 1913 e 1938 existiu a Contrastaria de Gondomar, passando o ofício a ser controlado pelas Contrastarias de Porto e Lisboa.
Entre 1887 e 1937 as peças eram contrastadas com um javali. A punção de Lisboa contornava-o e a do Porto era quadrada com os cantos cortados.
Entre 1938 e 1984 o javali foi substituído por uma águia, e a partir de 1985 a águia é marcada voltada em sentido contrário.
Quando aparece uma marca representando uma “cabeça de velho” trata-se de uma remarca e destina-se a peças anteriores a 1887 que não se encontravam marcadas.

 

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